
A
presidente Dilma Rousseff e candidata à reeleição, Dilma Rousseff,
rebateu nesta segunda-feira, durante entrevista ao Jornal Nacional, da
TV Globo, que seu governo foi complacente com a corrupção. Questionada
sobre a dificuldade de formar desde o início de seu governo uma equipe
"honesta", Dilma afirmou que foram os governos do PT os que mais
investiram em mecanismo de combate à corrupção. "A Polícia Federal no
meu governo e no governo Lula ganhou imensa autonomia para investigar,
punir e prender", disse.
Dilma
destacou ainda a atuação do Ministério Publico e disse que o governo
petista tem uma "situação muito respeitosa" com o MP. "No nosso governo
nenhum procurador foi chamado de "engavetador geral da República",
disse, referindo-se ao procurador-geral do governo de Fernando Henrique
Cardoso (PSDB), Geraldo Brindeiro.
A
presidente ressaltou que apesar do número elevado de denúncias de
corrupção no seu governo, como elencou o apresentador do Jornal
Nacional, nem todas resultaram em comprovação de crime. "Muitos daqueles
que foram (acusados) pela mídia como tendo praticado atos indevidos
foram posteriormente inocentados", afirmou. "Nem todas as denúncias de
escândalo resultaram na constatação de punição e condenação."
Questionada
sobre a pressão dos partidos para manter espaço após trocas de membros
acusados de corrupção, Dilma afirmou que os "partidos podem fazer
exigências (de indicações) e eu só aceito quando são íntegros e
competentes". "Recentemente fui muito criticada por ter substituído
Cesar Borges (no Ministério dos Transportes) pelo Paulo Sérgio",
lembrou. "Os dois são pessoas que escolhi, que eu confio."
Mensalão
A
presidente não quis comentar as condenações de integrantes do PT no
processo do mensalão. Segundo Dilma, como atual presidente da República,
não é adequado questionar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Não faço observação sobre julgamentos do Supremo por um motivo simples,
a constituição exige que o presidente da República, como exige dos
demais chefes de poder, que respeitemos e consideremos a importância da
autonomia do Supremo", afirmou.
Sobre
a atuação do seu partido no caso, que tratou os condenados "como
guerreiros", Dilma esquivou-se. "Tenho minhas opiniões pessoais", disse.
"Não vou tomar posição que me coloque em confronto; respeito a decisão
da Suprema Corte", reforçou.
A
entrevista com a presidente Dilma, que aconteceria no dia 13, foi
cancelada por conta da morte do então candidato do PSB Eduardo Campos.
Da mesma forma, Pastor Everaldo (PSC) também teve sua participação
adiada da semana que vem para amanhã. Aécio Neves (PSDB) já participou
do programa, no dia 12, assim como o próprio Campos, que concedeu
entrevista na véspera do acidente que culminou com sua morte. Assim que o
PSB oficializar a escolha de Marina Silva como substituta de Campos, a
TV Globo deve convidá-la para comparecer a bancada do Jornal Nacional. A
data ainda não foi escolhida, mas deve ser na semana que vem.
Clique aqui e assista a entrevista:
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