domingo, 10 de agosto de 2014

Governo brasileiro quer mandar dinheiro para combater a fome na Colômbia enquanto milhões passam fome no Brasil

Governo brasileiro quer mandar dinheiro para combater a fome na Colômbia enquanto milhões passam fome no Brasil

 O Vice-presidente do Brasil, Michel Temer, em cerimônia de posse do presidente reeleito da Colômbia Juan manuel santos, que aconteceu nesta quinta (7), declarou apoio do governo brasileiro no combate à fome da Colômbia. Temer disse que o Brasil enviará dinheiro para ajudar no combate à fome do país latino vizinho, mas não divulgou os valores que devem ser enviados. Nas palavras de Michel Temer: “Há uma negociação entre os dois países em que o Brasil, muito brevemente, estará encerrando um processo para remessa de uma importância a fim de combater a fome e a desigualdade social na Colômbia”. 

Embora os dados sobre a fome no Brasil não sejam precisos, uns falam em torno de 50 milhões (Mapa do Fim da Fome no Brasil – Fundação Getúlio Vargas), outros em torno de 34 milhões (dados do IBGE) ou ainda dados do governo que apontam para um número em torno de 24 a 26 milhões (Programa Fome Zero), o que importa é que a fome é uma realidade no Brasil, e independentemente da quantidade de pessoas que passam fome, este é um direito fundamental de toda pessoa humana e precisa ser combatido urgentemente, pois na sua esteira todos os demais direitos também são violados.

“A situação é tão dramática que o suíço Jean Zigler, relator especial das Nações Unidas para o Direito à Alimentação, concluiu que o Brasil não garante a seu povo esse direito, assegurado pelo Pacto Número 1 da ONU. Jean Zigler atribuiu três causas à fome: o latifúndio e a concentração de terras, a baixa renda da população e a falta de uma política integrada na área social para atender as pessoas mais vulneráveis, incluindo as crianças. Essa opinião está de acordo com o estudo da FGV, ao menos no que se refere à infância. O levantamento afirma que 45% dos nossos indigentes têm menos de 15 anos. 
Segundo Marcelo Cortes Néri, as crianças são as maiores vítimas da ausência de políticas e serviços públicos porque “não são eleitores”. O economista sugere que os programas voltados às crianças — merenda escolar, vacinação, bolsa-escola — ocupem o topo das prioridades nacionais. 
Curiosamente os números divulgados pelo governo são menores do que todos os outros divulgados. Outro fato no mínimo peculiar é o governo mandar dinheiro para combater a fome de outro país se o seu é carente de investimentos. Não seria mais lúcido concentrar todos os esforços em melhorar os números do seu próprio país, em vez de mandar dinheiro para outro? 

revolta brasil


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