A partir desta
terça-feira (12), os consumidores vão poder acompanhar, pela internet,
em um site do governo, como as empresas se comportam na hora de resolver
as queixas dos clientes. No site consumidor.gov, do Ministério da
Justiça, passam a ficar disponíveis informações sobre o perfil
individual das empresas inscritas no serviço. Desde 27 de junho,
mediante cadastro, as pessoas já podem usar a página para reclamar sobre
produtos e serviços e esperar uma resposta das empresas cadastradas.
Nesta nova etapa do serviço, os consumidores poderão saber, por
exermplo, a quantidade de reclamações finalizadas por empresa, o índice
de resolução e a satisfação do consumidor. Mais adiante, o governo vai
disponibilizar uma comparação entre as empresas cadastradas. A
expectativa é que esta comparação esteja operando dentro de 30 dias. "O
Estado brasileiro criou este serviço, que é um espaço público de
conciliação, para que o consumidor tenha essa oportunidade de reclamar
sem sair de casa. Sem ter que pegar transporte, pegar a senha. É
importante que o mercado se manifeste naquele espaço. A maior parte dos
consumidores só quer resolver o problema. Se começa a demorar, aí ele
procura outras indenizações", disse a secretária Nacional do Consumidor
do Ministério da Justiça, Juliana Pereira.Desde que foi criado, em junho
deste ano, o portal consumidor.gov registrou 9.552 reclamações. Há
atualmente, 127 empresas credenciadas e outras 52 em fase de
credenciamento. Se a empresa não estiver no site (a adesão não é
obrigatória), entretanto, não é possível registrar a reclamação. Das 9,5
mil reclamações registradas, 48,5% referem-se a serviços de
telecomunicações, 20,5% sobre serviços financeiros e 17,5% sobre
produtos de telefonia e informática. Produtos eletrodomésticos aparecem
em seguida, com 6,98% das reclamações.
Juliana
Pereira, do Ministério da Justiça, informou que o governo não vai multar
as empresas com base em casos individuais de reclamações. Entretanto,
ela explicou que a conduta das empresas será "insumo para políticas
públicas e intervenção".
"Primeiro, o
consumidor vai estar resolvendo o caso individual, e isso também diminui
as causas na Justiça, mas também está contando para o Estado regulador,
que tem poder de polícia, para ver o que está acontecendo na realidade
do mercado. Nossa intenção é, a partir de uma massa de dados
relativamente importante em um determinada conduta, iniciar os processos
naturais. Cada dia mais, o cidadão brasileiro para situação de consumo
vai querer se manifestar", declarou a secretária Nacional do Consumidor.
Segundo o governo, o novo portal pode ser acessado, atualmente, por consumidores de 15 estados, além do Distrito Federal: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rondônia, Rio de Janeiro e São Paulo. A previsão é que até 1º de setembro o serviço esteja disponível para o restante do país.
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