De acordo com o
matemático Dalton Francisco de Andrade, professor de estatística da
UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), é impossível zerar a nota
do Enem, mesmo que o candidato deixe a prova em branco ou erre todas as
questões -- apenas a redação pode ser zerada. Isso acontece porque as
questões do exame não possuem o mesmo valor. Existem notas mínimas – que
nunca partem do zero – e máximas para cada área do conhecimento. Elas
dependem do grau de dificuldade do conjunto de perguntas. Ao final de
todo o exame, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira) desenvolve uma escala "de conhecimento" a
partir das respostas obtidas. Com isso, ele calcula as notas mínimas e
máximas de cada área da prova. "Quando se monta uma prova as questões já
vêm calibradas [fácil, médio, difícil]. Então, a questão mais fácil da
minha prova pode ter, por exemplo, o valor de 300 e a mais difícil 800.
Quem fizer o exame e errar tudo vai ganhar 300 pontos, pois este era o
valor mínimo do exame. Tudo depende dos itens inseridos dentro dessa
escala", explica Andrade. Em 2013, as notas dos candidatos em ciências
humanas variaram entre 299,5 e 888,7 pontos. Na prova de ciências da
natureza, a nota máxima foi 901,3 e a mínima 311,5. Em matemática, a
pontuação mínima foi 322,4 e a máxima 971,5. Em linguagens, a nota mais
alta foi 813,3 pontos e a menor 261,3 pontos. Sendo assim, o candidato
que errou todas as questões de ciências humanas conseguiu tirar 299,5 na
edição do ano passado. "É como, por exemplo, a altura de uma pessoa.
Por mais baixa que uma pessoa seja, nunca terá altura zero. Sabemos, no
entanto, que existe uma altura média para pessoas do sexo masculino aos
19 anos, que é de 169 centímetros.
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