
O candidato à
Presidência Aécio Neves (PSDB) tem uma missão nesta campanha de segundo
turno: conquistar o Nordeste. Na primeira rodada da eleição, o tucano
obteve somente 15% dos votos na região que é o segundo maior colégio
eleitoral do país.
Na reta final
do primeiro turno, disposto a ultrapassar Marina Silva (PSB) e
conquistar uma vaga para o embate final com Dilma Rousseff (PT), Aécio
focou sua campanha na região Sudeste, especialmente nos Estados de São
Paulo e Minas Gerais, os dois com o maior número de eleitores no Brasil.
A estratégia
deu certo. O tucano venceu em São Paulo e ultrapassou Marina em Minas,
apesar de ter ficado atrás de Dilma. Foi suficiente para garantir a
passagem para o segundo turno. Na rodada final desta eleição, porém,
Aécio não pode se dar ao luxo de negligenciar o Nordeste. Por causa
disso, o tucano tem assumido uma estratégia para conquistar corações e
mentes nordestinas. Veja, abaixo, quais são as principais armas da
candidatura do PSDB para aumentar sua penetração nos Estados do
Nordeste.
As cinco armas para conquistar o eleitor do Nordeste
1. Evocação a Eduardo Campos
Aécio se
esforçou para obter o apoio do PSB e da família do ex-governador de PE
Eduardo Campos (PSB), morto em um acidente aéreo. Campos era um dos
nomes mais fortes da política nordestina dos últimos anos. Ao obter o
apoio de sua família, o que aconteceu no sábado (11), Aécio ganhou o
aval que queria para poder vender sua candidatura como aquela que dará
continuidade ao projeto do ex-governador.
2. Ampliação do Bolsa Família
Tido como um
dos maiores "cabos eleitorais" do governo Dilma na região, o programa
social Bolsa Família tem recebido atenção especial de Aécio. Em mais de
uma oportunidade, o tucano já reiterou que não irá, caso eleito,
extinguir o programa. Pelo contrário, afirma o candidato, irá
aprimorá-lo e aumentar sua abrangência. Além disso, ele tem se esforçado
para descolar a marca do Bolsa Família do PT.
3. Se aproximar de políticos locais
Ciente de que
seu nome e sua imagem não possuem a mesma penetração no Nordeste que têm
no Sul e Sudeste, Aécio procura lastrear sua candidatura atrelando-a a
lideranças políticas locais. Daí a importância do apoio da família
Campos. Daí a importância do ato que reuniu mais de cem políticos a seu
favor, incluindo ACM Neto (DEM-BA), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Tasso
Jereissati (PSDB-CE).
4. Lembrar a "Minas Gerais do Nordeste"
Para reforçar a
ideia de que "governa para os pobres", e que, portanto, irá governar
buscando reduzir a desigualdade entre as regiões do país, o tucano tem
citado números que atribui à sua administração em Minas (2003-10).
Segundo ele, o Norte de Minas, o Vale do Jequitinhonha e o Vale do
Mucuri, as regiões mais pobres do Estado, receberam três vezes mais
recursos per capita que o resto do Estado.
5. Presidente da união nacional
Ancorado no
mesmo argumento, de que teria governado Minas priorizando a diminuição
das desigualdades regionais, Aécio tem dito que é ele o candidato que
poderá acabar com a distinção que existe entre Norte e Sul. De acordo
com ele, Dilma e o PT têm feito uma campanha que estimula a rivalidade
entre o Nordeste e o Sudeste, em um clima de "nós contra eles", o que
gera "divisões contraproducentes". (UOL)
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