Depois de
empurrar com a barriga os casos de infidelidade partidária ocorridos em
2012, na eleição do Recife, o PT estadual decidiu agir de forma
diferente este ano. Cerca de 100 lideranças petistas devem sofrer
penalidades que vão da advertência à expulsão. A decisão foi tomada numa
reunião na última terça-feira, por meio de um indicativo partidário,
mas será ratificada num documento na próxima segunda-feira. Os nomes
ainda não foram divulgados e o partido ainda está recebendo denúncias,
mas é certo que há cinco prefeitos da sigla, presidentes de diretórios
municipais e três vereadores.
A decisão de
expulsar os infiéis vai seguir alguns ritos próprios do PT. A executiva
estadual vai apresentar uma resolução na segunda-feira que deve ser
aprovada pelo diretório estadual do partido numa reunião programada para
o dia 6 de dezembro. Os citados têm direito de defesa.
O PT tomou a
decisão após fazer um balanço das eleições, discutir um calendário de
atividades e debater o papel que o PT do Nordeste quer ter no próximo
governo Dilma. Segundo Teresa Leitão, os que estiveram presentes na
reunião da executiva também fizeram uma reflexão grande sobre o
sentimento das urnas no primeiro e no segundo turno das eleições. Ela
lembrou que a sigla teve uma derrota grande no primeiro turno, ao não
eleger o senador (João Paulo), ao perder todos os deputados federais (4)
e ter a bancada estadual reduzida de quatro para três. “O recado dado
ao PT foi muito duro e temos que decidir como vamos dialogar com essa
massa que não apoiou o PT (do estado) no primeiro turno, mas apoiou a
reeleição de Dilma”, ressaltou Teresa, lembrando que uma das respostas
será expulsar os dissidentes do projeto do partido. Gilson Guimarães não
foi localizado pela reportagem. (Diário de PE)
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