O espancamento
que resultou na morte de Keity Azeredo da Silva, de 21 anos, foi visto
por milhares de pessoas. Ela é a mulher que aparece num vídeo de tortura
compartilhado na internet há duas semanas. A identificação foi feita
pela Divisão de Homicídios, que encerrou nesta última quarta-feira, dia
(26), o inquérito sobre o assassinato com a prisão do traficante Gabriel
Souza dos Santos, o Maradona, na terça-feira, dia (25).
— O que se vê
no vídeo é apenas parte da tortura. Ela continuou apanhando e morreu de
traumatismo craniano. Keity namorou um rapaz de uma facção rival à do
Morro da Dita (Rio do Ouro, em São Gonçalo) e a ordem partiu de um
presídio em Bangu — explicou o delegado Wellington Vieira.
Moradora da
Dita, ela foi espancada na Favela da Linha, entre 3 e 4 de fevereiro.
Antes, teve o cabelo raspado. Ela não resistiu e morreu no Hospital
Geral Alberto Torres, no Colubandê, no dia 5 do mesmo mês.
O espancamento
foi ordenado por Alex Pereira, o Drill, da cadeia. Um menor e Marcos
Vinícius de Campos, o Sombra, foram capturados antes de Maradona, que
chefiava o bando.
Filmagem de castigos é comum na região: Traficantes
do Jóquei e Rio do Ouro, em São Gonçalo, estão sendo investigados por
sessões de tortura. As vítimas seriam membros de facções rivais e até
delatores. As cenas de violência são filmadas e os vídeos, disseminados
na internet. No caso de Keity, a Secretaria de Políticas para Mulheres
da Presidência da República chegou a pedir agilidade na apuração do
caso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.