terça-feira, 11 de novembro de 2014

Planalto age para esvaziar ‘blocão’ dos rebeldes



O governo se prepara para subtrair o apoio de partidos da base aliada ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que se lançou candidato à presidência da Câmara com três meses de antecedência. A estratégia do Palácio do Planalto para desidratar o “blocão” dos rebeldes passa pela composição do novo governo e acenos de mais “diálogo” em 2015.

Em troca da participação no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, a cúpula do PR já dá sinais de que está disposta a negociar com o governo. O “blocão” que impôs duras derrotas a Dilma em votações na Câmara é hoje formado por cinco partidos (PMDB, PTB, PR, PSC e Solidariedade), mas o Planalto joga a isca para isolar Cunha.

Por enquanto, ministros conversam com deputados aliados e fazem “sondagens” sobre o roteiro para evitar a vitória de Cunha, que é o líder do PMDB na Câmara. A eleição que renovará as presidências da Câmara e do Senado está marcada para fevereiro. Para desembarcar do projeto pró-Cunha, o PR de Valdemar Costa Neto – condenado no processo do mensalão – faz pressão sobre o governo, com o objetivo de continuar no comando do Ministério dos Transportes. O PR tenta emplacar ali o senador Antônio Carlos Rodrigues (SP), mas Dilma, até agora, indicou que pretende acabar com “feudos” partidários. O PR ocupa Transportes desde o governo Lula.

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