O réu Jorge
Beltrão Negromonte da Silveira, 52 anos, primeiro acusado a prestar
depoimento no julgamento dos canibais, confessou o crime e, pela
primeira vez, se disse arrependido do assassinato de Jéssica Camila da
Silva Pereira, 17, que aconteceu em 2008. O júri acontece no Fórum de
Olinda, na Grande Recife, onde também estão sendo julgados pelo mesmo
crime Isabel Cristina Torreão Pires, 53, e Bruna Cristina Oliveira da
Silva, 28. Além de matar e esquartejar, eles são acusados de comer a
carne da vítima. "Foi um erro muito grave, monstruoso. Me arrependo
muito", disse Jorge. Diante do júri, ele ainda confessou o ato de
canibalismo, mas afirmou que nunca vendeu salgados como coxinha ou
empada com carne das vítimas, em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco,
para onde o trio se mudou após o assassinato.
Olhando
atentamente para a juíza Maria Segundo e bastante lúcido, o réu disse
ainda que foi um momento de extrema fraqueza e brutalidade. Questionado
pela magistrada se houve apenas três homicídios, Jorge afirmou que sim. A
resposta causou indignação na plateia. O salão do júri está lotado. O
delegado Paulo Berenguer, que conduziu o inquérito, afirmou mais cedo,
em seu depoimento, que o trio planejava mais assassinatos.
"Esta seita, na
realidade, foi algo criado por mim, Bel (Isabel) e Bruna. Há muito
tempo eu tinha falado isso com uns amigos para ajudar as pessoas, mas
ficou só na vontade. Foi quando eu decidir fazer este trabalho só com as
duas", revelou.
A juíza
perguntou se Jorge tinha algo a acrescentar em seu depoimento e ele
apenas pediu para fazer uma oração. Com o consentimento, o réu fechou os
olhos e pediu perdão a Deus e aos familiares da vítima.
Veja na íntegra o interrogatório:
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