O chefe
substituto do Parque Nacional da Serra da Canastra, no Centro-Oeste de
Minas Gerais, Vicente Faria, afirmou que a situação melhorou depois das
longas chuvas na região
A alegria toma
conta dos ambientalistas, funcionários e frequentadores do Parque
Nacional da Serra da Canastra, situado em São Roque de Minas, na Região
Centro-Oeste de Minas Gerais. Com a chuva que se intensificou na região
nos últimos dias, a principal nascente do Rio São Francisco, que fica
dentro da área de preservação voltou a jorrar água com um volume
expressivo. A Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, uma das mais
importantes do país, sofreu por causa do longo período de estiagem em
2014, considerado o maior nos últimos 30 anos.
A comemoração
por causa da volta da nascente começou na tarde dessa quinta-feira. Um
funcionário foi deslocado para o alto do parque, onde se localiza a
nascente, e voltou com a boa notícia. “Estamos tendo muita chuva desde o
último domingo na região que ultrapassou uns 200 milímetros. Ontem,
mandei um funcionário verificar a nascente e ele voltou dizendo que ela
voltou a jorrar água em volume expressivo”, explicou o analista
ambiental e chefe substituto da Unidade de Conservação, Vicente Faria.
Mesmo sendo uma
situação que era esperada pelos funcionários, a notícia foi bastante
comemorada. “Essa nascente é histórica do São Francisco e ela nunca
tinha secado. Isso é muito ruim, porque um dos motivos de criação do
parque era a preservação desta nascente. Mas, sabíamos que com a chuva
iria voltar, como de fato voltou”, disse Faria.
Quando a
situação da nascente foi descoberta, em setembro deste ano, causou
preocupação nas autoridades e ambientalistas. Isso porque, a Bacia
Hidrográfica do Rio São Francisco abrange 639.219 quilômetros quadrados
de área de drenagem. Segundo o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São
Francisco (CBHSF) a vazão média é de 2.850 metros cúbicos por segundo, o
que equivale a 2% do total do país. O rio tem extensão de 2,7 mil
quilômetros. Ele nasce na Serra da Canastra, escoando no sentido
sul-norte pela Bahia e Pernambuco, quando altera seu curso para este,
chegando ao Oceano Atlântico através da divisa entre Alagoas e Sergipe.
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