Enfraquecida
como nenhum outro presidente reeleito, Dilma Rousseff vive uma
experiência incomum. Com um novo mandato por iniciar, caneta cheia, ela
dança no ritmo ditado por seus pseudo-aliados no Congresso: um chorinho
bem brasileiro. Se tivesse nome, o choro se chamaria ‘O Espírito do
Bazar’. Habituada a conduzir, Dilma é conduzida.
Na semana
passada, os parceiros do Planalto esvaziaram o baile. Fizeram isso na
hora em que Renan Calheiros, acertado com Dilma, ameaçou impor o toque
de caixa à votação do projeto da manobra fiscal —aquele que autoriza o
governo a fechar as contas de 2014 no vermelho.
Noutros tempos,
Dilma pisaria uma dúzia de calos. Na noite passada, chamou 23 líderes
partidários para conversar no Planalto. A presidente da República entrou
na roda. Acostumada a ordenar, pediu ajuda. Quer que a alforria fiscal
seja aprovada na sessão que Renan convocou para esta terça-feira.
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