
Com a derrota
para Dilma Rousseff ainda atravessada na traqueia, o senador Aécio Neves
referiu-se ao PT como uma quadrilha, não uma agremiação partidária. “Na
verdade, eu não perdi a eleição para um partido político. Eu perdi a
eleição para uma organização criminosa que se instalou no seio de
algumas empresas brasileiras patrocinadas por esse grupo político que aí
está.”
O comentário
foi pronunciado numa entrevista ao repórter Roberto D’Ávila, exibida
pelo canal Globo News no início da madrugada de domingo (30). Segundo
Aécio, Dilma prevaleceu numa campanha que deixou marcas para a história:
“A sordidez, as calúnias, as ofensas, o aparelhamento da máquina
pública, a chantagem para com os mais pobres, dizendo que nós
terminaríamos com todos os programas sociais.”
“Não só eu fui
vítima disso”, acrescentou Aécio. “O Eduardo [Campos] foi vítima disso, a
Marina [Silva] foi vítima disso. E eu também. Essa sordidez para se
manter no poder é uma marca perversa que essa eleição deixará.”
Aécio comentou
também os ataques que lhe foram dirigidos por Lula, com quem mantinha
relações afáveis antes da campanha. Por que acha que ele bateu forte? “A
obsessão pelo poder e, talvez, o receio do que uma eleição nossa
pudesse significar para todos os malfeitos e equívocos que não só o
governo da presidente Dilma fez, como o governo dele fez.”
“Acho que o
presidente Lula saiu dessa eleição menor do que entrou”, avaliou Aécio.
“Como ex-presidente da República, defender sua candidata é absolutamente
natural, defender o projeto de país no qual acredita. Mas partir para o
ataque, para a ofensa pessoal, não dignifica um ex-presidente da
República.”
Aécio comparou:
“Acho que ficou muito clara, ao final dessa eleição, a diferença de
dimensão política do ex-presidente Fernando Henrique, esse um estadista,
e do presidente Lula, desesperado para se manter no poder.”
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