Cratera se abriu na rua Guanabara, uma das mais danificadas pela chuva.
Segundo a Defesa Civil, mais de 50 famílias de Mãe Luíza foram realojadas.
As casas que tiveram as estruturas comprometidas após um deslizamento de terra na noite deste sábado (14) precisarão ser demolidas no bairro de Mãe Luíza, na Zona Leste de Natal. A informação foi confirmada pelo supervisor de fiscalização ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Evânio Mafra, que acompanhava os trabalhos no local do desabamento na manhã deste domingo (15). Um levantamento sobre quantas e quais casas precisarão ser derrubadas só será realizado com melhores condições climáticas.
Dezenas de famílias precisaram deixar suas casas, a maioria delas na rua Guanabara, uma das mais movimentadas do bairro, onde uma cratera se abriu no meio da pista por causa da chuva. Parte do asfalto cedeu e deslizou barranco abaixo, levando também as calçadas das residências, pedras e muita terra para a Via Costeira, principal acesso à rede hoteleira. As casas de uma travessa que dá acesso à rua Atilaia, em Mãe Luíza, e dois prédios vizinhos à área do deslizamento, na praia de Areia Preta, também foram evacuados.
Dezenas de famílias precisaram deixar suas casas, a maioria delas na rua Guanabara, uma das mais movimentadas do bairro, onde uma cratera se abriu no meio da pista por causa da chuva. Parte do asfalto cedeu e deslizou barranco abaixo, levando também as calçadas das residências, pedras e muita terra para a Via Costeira, principal acesso à rede hoteleira. As casas de uma travessa que dá acesso à rua Atilaia, em Mãe Luíza, e dois prédios vizinhos à área do deslizamento, na praia de Areia Preta, também foram evacuados.
Três metros de areia ainda cobriam a pista no início da tarde deste domingo. De acordo com Evânio Mafra, a terra só será retirada após uma avaliação técnica. "Vamos esperar que o clima melhore em primeiro lugar. O terreno ainda está muito instável para a retirada e as tubulações da Caern (Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte) estão funcionando. Precisamos que seja desligado para executar o serviço", explica.
Da praia de Areia Preta, o comerciante Rackson Nascimento observava sua casa na beira da cratera aberta em Mãe Luíza. Com a parede derrubada, era possível ver a parte interna do imóvel e alguns bens do comerciante, como uma televisão e uma prancha de surfe. "Minha motocicleta foi arrastada para a cratera. Eu nem estava em casa. Soube depois e não pude pegar minhas coisas. Está tudo lá. Documentos, eletrodomésticos, tudo", conta Rackson, que morava com a mulher na casa. Ele está hospedado na casa da sogra.
Na noite do desmoronamento o supervisor da Semurb conta que foi difícil convencer os moradores a saírem de casa. "Muita gente teve que ser forçada a deixar o local. Queriam voltar para buscar documentos e eletrodomésticos, mas não pudemos liberar por questão de segurança", ressalta Evânio Mafra. Quanto aos prédios que precisaram ser evacuados em Areia Preta, o supervisor conta que não há previsão para liberar a volta dos moradores aos apartamentos.
Da praia de Areia Preta, o comerciante Rackson Nascimento observava sua casa na beira da cratera aberta em Mãe Luíza. Com a parede derrubada, era possível ver a parte interna do imóvel e alguns bens do comerciante, como uma televisão e uma prancha de surfe. "Minha motocicleta foi arrastada para a cratera. Eu nem estava em casa. Soube depois e não pude pegar minhas coisas. Está tudo lá. Documentos, eletrodomésticos, tudo", conta Rackson, que morava com a mulher na casa. Ele está hospedado na casa da sogra.
Na noite do desmoronamento o supervisor da Semurb conta que foi difícil convencer os moradores a saírem de casa. "Muita gente teve que ser forçada a deixar o local. Queriam voltar para buscar documentos e eletrodomésticos, mas não pudemos liberar por questão de segurança", ressalta Evânio Mafra. Quanto aos prédios que precisaram ser evacuados em Areia Preta, o supervisor conta que não há previsão para liberar a volta dos moradores aos apartamentos.
No início da tarde da sexta-feira (13), quando a terra deslizou pelo barranco, a areia invadiu a Via Costeira e arrastou cinco carros e uma motocicleta. Ninguém se feriu, mas deixou a avenida interditada até a manhã do sábado, quando um novo deslizamento fez a Defesa Civil interditar novamente a pista. À noite, a situação se agravou e a terra voltou a descer morro abaixo (veja vídeo ao lado).
A jornalista Carolina Souza fez a filmagem e conta que ficou apreensiva no momento em que ocorreu o incidente. “Tinham pessoas lá embaixo, fiquei nervosa. Tive medo de o muro cair sobre as pessoas”, lembra. No vídeo, Carolina grita para alertar sobre o risco de desabamento.
Alerta
De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), a chuva foi contínua em praticamente 48 horas, com um acúmulo no período de 285 milímetros de água sobre a cidade. “Choveu nestes dois dias o equivalente a média histórica de todo o mês de junho”, afirma o meteorologista Gilmar Bristot. Ainda na noite do sábado, a Prefeitura de Natal emitiu umsinal de alerta e determinou que todas as Secretarias Municipais com equipes, material e veículos permaneçam de sobreaviso enquanto o tempo não melhorar.
De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), a chuva foi contínua em praticamente 48 horas, com um acúmulo no período de 285 milímetros de água sobre a cidade. “Choveu nestes dois dias o equivalente a média histórica de todo o mês de junho”, afirma o meteorologista Gilmar Bristot. Ainda na noite do sábado, a Prefeitura de Natal emitiu umsinal de alerta e determinou que todas as Secretarias Municipais com equipes, material e veículos permaneçam de sobreaviso enquanto o tempo não melhorar.
Ao G1, Bristot explicou que três fatores estão causando a permanência de nuvens carregadas sobre a cidade. "Ventos fracos, água quente no litoral e umidade alta. Estas três situações, juntas, fazem com que as chuvas não dissipem", disse. "Para a capital potiguar, o mês de junho, historicamente, é o mês mais chuvoso do ano", acrescentou o meteorologista.
A Procuradoria Geral do Município também foi alertada e deve elaborar um decreto de estado de calamidade pública ou de emergência a fim de que sejam tomadas medidas necessárias para a recuperação das áreas atingidas pelo temporal.
Ainda segundo a Prefeitura de Natal, desde o início das chuvas, ainda na manhã da sexta-feira, vários bairros da cidade vêm enfrentando problemas de alagamento pelo excesso de água - sobrecarregando o sistema de lagoas de captação do município.
Prejuízos
Além da cratera aberta em Mãe Luiza e do risco iminente de desmoranamento de casas, as chuvas também causaram prejuízos a moradores de outros bairros da cidade. Em Lagoa Nova, na Zona Sul, moradores das proximidades da avenida Capitão-mor Gouveia com a rua Mandacaru tiveram as casas invadidas pela água. O tabelião Acácio Costa mora na região e conta que já é a segunda vez que tem a residência alagada. “Pelo menos seis casas aqui estão sofrendo com os alagamentos. A água está danificando móveis e outros objetos”, relatou.
Além da cratera aberta em Mãe Luiza e do risco iminente de desmoranamento de casas, as chuvas também causaram prejuízos a moradores de outros bairros da cidade. Em Lagoa Nova, na Zona Sul, moradores das proximidades da avenida Capitão-mor Gouveia com a rua Mandacaru tiveram as casas invadidas pela água. O tabelião Acácio Costa mora na região e conta que já é a segunda vez que tem a residência alagada. “Pelo menos seis casas aqui estão sofrendo com os alagamentos. A água está danificando móveis e outros objetos”, relatou.
A lagoa de captação de São Conrado, que fica na avenida Lima e Silva, na Zona Oeste de Natal, também não suportou o volume de água acumulada e transbordou. Residências vizinhas alagaram e alguns moradores foram retirados de casa com a ajuda de botes do Corpo de Bombeiros. Carros foram inundados.
Na rua Luiz Cúrcio Cabral, no bairro Dix-Sept Rosado, os moradores tentam fazer barricadas para evitar maiores danos. A dona de uma das casas, Edilene Castro, disse que mora com o pai e o marido. "Não temos condições de sair de casa. Estamos fazendo barreiras, mas as casas da rua estão todas alagadas. Alguns vizinhos estão tentando tirar a água de dentro de casa com rodos e baldes", disse ela.
Durante a madrugada deste domingo, a queda de uma árvore na Rua da Bronzita, no conjunto Potilândia, na Zona Sul da cidade, deixou um carro danificado e parte das casas sem energia. A rua fica nas imediações da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Moradores relataram que a árvore desabou por volta das 3h30. Os galhos afetaram a fiação de postes e deixou o local sem energia até o início da manhã, quando uma empresa terceirizada da Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern) chegou à rua para restabelecer o fornecimento.
Ainda pela madrugada, um deslizamento de terra destruiu a piscina de uma pousada que fica ao lado do Morro do Careca - duna de 107 metros margeada por vegetação - cartão-postal da praia de Ponta Negra, a mais famosa de Natal. Segundo o Corpo de Bombeiros, o terreno cedeu em razão das chuvas que caem na cidade desde as primeiras horas da sexta-feira (13). Um poste também tombou e atingiu o telhado de um restaurante que fica vizinho à duna. A área de lazer da pousada foi interditada e não houve feridos.
Quando o dia amanheceu, parte do muro de uma residência cedeu e desabou sobre um carro na rua Passo da Pátria, no bairro de Cidade Alta, na Zona Leste da cidade. Ninguém ficou machucado.
Sinal de alerta
Ainda na noite de sábado (14) o prefeito Carlos Eduardo determinou que todas as Secretarias Municipais com equipes, material e veículos permanecessem de sobreaviso enquanto durar as chuvas. A Procuradoria Geral do Município também foi acionada para elaborar um decreto de estado de calamidade pública ou emergência a fim de que sejam tomadas as medidas necessárias para a recuperação das áreas atingidas pelo temporal.
Ainda na noite de sábado (14) o prefeito Carlos Eduardo determinou que todas as Secretarias Municipais com equipes, material e veículos permanecessem de sobreaviso enquanto durar as chuvas. A Procuradoria Geral do Município também foi acionada para elaborar um decreto de estado de calamidade pública ou emergência a fim de que sejam tomadas as medidas necessárias para a recuperação das áreas atingidas pelo temporal.
Ainda no início da noite do sábado foi preciso criar uma força-tarefa para discutir um plano de ações. Este grupo é composto pela Prefeitura, Corpo de Bombeiros e Exército.
O telefone da Defesa Civil do Município está em regime de plantão. Os casos de urgência e necessidade de atendimento devem ser relatados no (84) 3232-2525. A Defesa Civil está recebendo doações para os desabrigados na Escola Municipal Santos Reis, próximo ao Mercado do Peixe, nas Rocas.
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