terça-feira, 6 de maio de 2014

Revoltante



'Eles forçaram pra eu ter parto normal', diz mãe de bebê morto em Caruaru

Fato aconteceu na Casa de Saúde Bom Jesus, mantida pela prefeitura.
Corpo foi encaminhado ao IML, onde um laudo pericial deve ser elaborado.


do g1 caruaru



Um bebê morreu em meio ao procedimento de parto na Casa de Saúde Bom Jesus emCaruaru, no Agreste pernambucano, e as possíveis causas ainda não foram esclarecidas. A gestante Andreia de Oliveira, de 18 anos, conta que deu entrada na manhã da sexta-feira (2) e entrou na sala à noite. “Eles forçaram muito pra eu ter parto normal e eu disse que não tinha mais forças para ter. Eles me apertavam. Eu pedi para eles me ajudarem e eles não me ajudaram”, contou a mulher, que é agricultora e mora no Sítio Brejo Novo, neste município. Este seria o primeiro filho dela.
O caso não é o primeiro a acontecer – desde 2013, foram registradas a morte de uma gestante e de outros três bebês. A agricultora Sueli Silva, tia daquele bebê, acompanhou o caso de Andreia Oliveira. “Eu estava com as bolsas na porta da sala de parto e a enfermeira mandou me chamar por outra porta. Quando eu cheguei lá, ela disse 'Entre' e o médico 'Olhe, ali está a criança'. Quando olhei, ele disse 'Ele está falecido' e eu não me segurei. Ele disse que o bebê tinha nascido laçado”. Segundo a família, Andreia de Oliveira fez acompanhamentos pré-natais e problemas de saúde não foram detectados.

O caso foi registrado na Polícia Civil, que pode investigar o caso. Nossa redação ainda não identificou o delegado responsável. O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) está analisando as mortes de bebês na Casa de Saúde Bom Jesus.
“De acordo com a equipe médica, o bebê já nasceu morto (natimorto). A própria direção da Casa de Saúde encaminhou o corpo ao SVO (Serviço de Verificação de Óbito). A Secretaria de Saúde [do município] ainda não sabe o motivo pelo qual o corpo do bebê foi encaminhado ao IML [Instituto de Medicina Legal]. Portanto, a Secretaria aguardará o resultado do laudo pericial do IML, que deverá ser divulgado nos próximos 15 dias, para a partir daí, abrir procedimento administrativo, se necessário”, informou a assessoria de imprensa da pasta. Em paralelo, o setor municipal de Epidemiologia deve ouvir profissionais e família para identificar as condições em que a morte aconteceu.
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Gestante tem 18 anos e seria mãe pela primeira vez. (Foto: Reprodução/ TV Asa Branca)Bebê seria o primeiro filho de agricultora de 18 anos. (Foto: Reprodução/ TV Asa Branca)

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