sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014


Comidas de rua fazem sucesso entre os 
recifenses
Comidas como cachorro-quente, tapioca, canjica e pastel ganham tempero extra com a simpatia e criatividade dos vendedores

Vitória Maciel - Diario de Pernambuco
Publicação: 21/02/2014 09:54 Atualização: 21/02/2014 16:37

Nas ruas do Recife, receitas dos outros países ganham novos ingredientes, sabores e truques. Foto: Cristiane Silva/Esp.DP/D.A Press
Nas ruas do Recife, receitas dos outros países ganham novos ingredientes, sabores e truques. Foto: Cristiane Silva/Esp.DP/D.A Press

Uma coxinha aqui, um cachorro-quente ali e, para sobremesa, uma canjica e até uma tapioca japonesa. As comidas de rua vendidas geralmente em barracas no Centro do Recife são famosas por aliviar aquela fome que bate logo quando o tempo não é suficiente para fazer uma refeição com calma, no restaurante ou em casa. Mas, de tão gostosas, algumas barraquinhas deixam de ser apenas opções para hora do aperto e fazem os clientes saírem de casa só para matar o desejo de uma guloseima.

O "hot dog" veio dos Estados Unidos e foi se popularizando com os temperos brasileiros. O pastel tem a massa trazida pelos chineses quando chegaram ao país para fugir da Segunda Guerra Mundial, mas os ingredientes são adaptações nacionais com os produtos disponíveis por aqui.

Sandra Maria da Silva, 43 anos, faz tapioca japonesa há 13 anos. Desempregada, analfabeta, resolveu observar a sobrinha preparando a delícia e foi para a Rua das Calçadas vendê-las. "Passei quatro dias para aprender a receita", lembra Sandra. A receita é fácil e não leva muitos ingredientes, mas a cozinheira deixa a dica: "o segredo é colocar muita água, muito leite de coco".
Canjica e pamonha são preparados por Tatiane Ramos o ano todo. Com um carrinho na Boa Vista, ela vende simpatia e muito milho. Foto: Cristiane Silva/Esp.DP/D.A Press
Canjica e pamonha são preparados por Tatiane Ramos o ano todo. Com um carrinho na Boa Vista, ela vende simpatia e muito milho. Foto: Cristiane Silva/Esp.DP/D.A Press

Mesmo longe do período juninos, Tatiane Ramos, 38 anos, faz canjica e pamonha o ano todo. Com um carrinho na Boa Vista, ela vende simpatia e muito milho. Mas não são para todos os clientes a quem conta os truques das comidas. "Se o milho para fazer a canjica estiver verde, diminui um pouco a água. Além disso, tem que mexer muito bem", revela.

Do estacionamento do Shopping RioMar, no Pina, dá para ouvir a alta propaganda do Pastel da Emília. Segundo ela, "o melhor pastel do RioMar". A Kombi fica logo na saída com a condutora Emília Andrade, sempre caracterizada de Emília, personagem do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Com o lema "Eu sou ligeira. Quem demora é o ônibus", conquista todos que passam pelo local. Ela diz que o segredo está na alegria, mas não revela como consegue conquistar pelo sabor.

Rua do Colégio Salesiano, ponto de encontro de alunos, funcionários de empresas próximas e os saudosos que vão atrás do Hot Dog do Barruada. É fácil encontrar pessoas que foram ali só para provar o cachorro-quente. O Barruada é Joaquim Antônio da Silva, já há 49 anos no local. Atualmente, o filho Joaquim da Silva, o Marinho, cuida do ponto, enquanto ele trata de problemas de saúde. 

Receitas

Tapioca japonesa

(Por Sandra Maria da Silva)

Ingredientes
500g de farinha do Maranhão/de sagu
1 de coco ralado
200ml de leite de coco
300g de açúcar

Modo de preparo
Deixe a farinha de sagu de molho com o leite de coco por cerca de duas horas. Depois, acrescente o coco ralado, o açúcar e misture bem. Na hora de servir, a fatia pode acompanhar leite condensado e canela.

Canjica

(Por Tatiane Ramos)

Ingredientes
35 milhos
2 garrafas grandes de leite de coco
1kg de açúcar
Sal a gosto

Modo de Preparo
Peneire o milho e bata com água e leve ao fogo. Quando estiver cozinhando, acrescente o coco. Em um caldeirão coloque o açúcar, sal, manteiga, milho e leite de coco. Mexa sem parar até chegar na consistência de canjica. Rende 50 potes de 200ml.



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