O Banco Central
(BC) trabalha com a perspectiva de que a conta de luz sofra uma alta de
nada menos que 27,6% neste ano. Já a gasolina, segundo a ata da reunião
do Comitê de Política Monetária (Copom), ficará 8% mais cara em 2015,
após a elevação dos impostos sobre os combustíveis.
E o peso no
bolso do brasileiro vai ser ainda maior. O BC também prevê reajuste de
3% no botijão de gás e de 0,6% nas tarifas de telefone fixo.
Na ata, o Banco
Central elevou a estimativa da alta dos preços administrados neste ano,
para 9,3% ante os 6% calculados antes, um dos principais fatores de
pressão da inflação. Na ata da reunião da semana passada, publicada na
manhã desta quinta-feira, 29, a cúpula do BC acredita que a
possibilidade de alcançar a meta de inflação no ano que vem aumentou,
mas os sinais de que a inflação vai melhorar daqui para frente ainda são
insuficientes.
“O Copom avalia
que o cenário de convergência da inflação para 4,5% em 2016 tem se
fortalecido. Para o Comitê, contudo, os avanços alcançados no combate à
inflação – a exemplo de sinais benignos vindos de indicadores de
expectativas de médio e longo prazo – ainda não se mostram suficientes”,
disse o Copom na ata.
O presidente do
Banco Central, Alexandre Tombini, tem dito desde o final do ano passado
que a inflação subiria no início de 2015, mas que iria desacelerar ao
longo do ano. Segundo ele, no encerramento de 2016, o BC conseguirá
entregar a inflação no centro da meta de 4,5%. No entanto, na ata
divulgada hoje, o Banco Central retirou a avaliação de que a atividade
tende a iniciar uma recuperação no segundo semestre deste ano. A
instituição atrelou a retomada à confiança de famílias e empresas. “O
ritmo de expansão da atividade doméstica este ano será inferior ao
potencial”, indicou.
Na semana
passada, pela terceira vez seguida após as eleições, o BC aumentou a
taxa básica de juros (Selic), por unanimidade, de 11,75% ao ano para
12,25 % ao ano. É a maior taxa desde agosto de 2011. Em vez de focar no
crescimento do país que está próximo de zero, os diretores apertaram
discurso contra a alta de preços. (Diário do Poder)
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